segunda-feira, 29 de julho de 2013

Treinos longos

Agora que estou inscrito na Maratona de 6 de outubro, tenho que colocar km nas pernas. Até aos 21 km não tenho problemas, a partir daí a história é outra.
Foi a pensar nisso que no sábado (dia 20) decidir correr desde a Expo até ao museu da electricidade e voltar, são cerca de 26 km. O percurso foi um pouco monótono, mas tenho que me habituar a estas retas. Corri quase sempre a 6.30/km, apesar do calor aguentei bem o ritmo. Lá está, foi a partir dos 20/21 km que comecei a ter problemas. Apareceu uma pequena dor no pé esquerdo, não muito forte mas incomodativa. Fui obrigado a andar e correr até aos 23 km, a partir daí desmoralizei e fiz os três últimos km a andar. Demorei 3 horas a concluir o treino.
Tive a prova que, correr durante muito tempo em estrada não é igual a correr durante muito tempo em trilhos. Surge sempre uma qualquer dor desconhecida até aí.
Durante a semana também aumentei o número de km corridos, nesta que passou corri 38 km divididos por 4 treinos.
Para este fim de semana tinha mais um treino longo, mas desta vez na companhia do João Lima e da Isa.
A ideia era correr 27 km, desde Cascais até Belém e voltar até Algés, sem grandes preocupações de tempo.
Não vou falar muito em pormenor do treino, aconselho a leitura dos blogues da  Isa e do João. Está lá tudo sobre o nosso treino longo.
Direi apenas que senti melhorias em relação ao anterior treino longo, não tive a tal dor no pé esquerdo, o que me deixou muito contente. É claro que a partir dos 20 km as dificuldades aumentam, mas aos poucos vai começando a custar menos.
A boa companhia deve ter ajudado, vamos falando e os km vão passando sem se dar por eles.
Depois deste treino fiquei mais confiante em relação ao objectivo Maratona.


Obrigado à Isa e ao João pela boa companhia.

No próximo sábado, o treino longo é o Trail Nocturno da Lagoa de Óbidos (25 km), vou participar pela primeira vez e já estou ansioso que chegue a hora da partida.

Boa semana para todos.


domingo, 21 de julho de 2013

A minha 1ª Maratona

 
Eu sabia que um dia ia correr uma Maratona, não sabia era quando.
Nos últimos meses, devido à minha participação no Trail do Almonda (30 Km), aumentei bastante a duração dos meus treinos e fui ganhando confiança em relação às minhas capacidades físicas. Nos dias seguintes à prova, feita em condições muito difíceis, pensei pela primeira vez na Maratona. Comecei a pensar "Se consegui fazer esta prova, se calhar consigo fazer uma Maratona".
Depois de muito pensar nos treinos já feitos e naqueles que ainda posso fazer, na 6ª feira entrei de forma decidida numa agência do BANIF e fiz a inscrição na Maratona Rock 'n' Roll de Lisboa (06.10.2013). Vou correr uma Maratona!!!
Sempre tive muito respeito pela Maratona e agora que me preparo para participar numa, esse respeito ainda é maior. Neste momento ando entusiasmado com planos de treino, nutrição e em ler tudo o que me possa ajudar a concluir a prova em boas condições. Estou também receptivo a conselhos de pessoas que já tenham feito a Maratona.

Sonho com o dia em que termino a Maratona e recebo a respectiva medalha.

Boa semana a todos.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Carlos Sá vence a Ultra-Maratona Badwater !!!!!

És o nosso Orgulho!

Grande feito do desporto Português!
Correr 217 km com temperaturas altíssimas não é para qualquer pessoa.
Vou estar atento ao destaque dado a esta notícia pelos média.

PARABÉNS CARLOS SÁ

terça-feira, 9 de julho de 2013

Trail do Almonda 2013

 
Em abril deste ano, fiquei bastante arrependido de não ter participado no Trail de Sesimbra e ter optado pela Corrida do Benfica. O gosto pelas provas de trilhos estava a aumentar e Corridas do Benfica já tinha feito muitas, além disso os relatos dos amigos da blogosfera diziam maravilhas da prova. Depois de ler esses relatos, comecei logo a procurar provas que me fizessem esquecer aquilo que tinha perdido.
Acabo por me inscrever no 1º Trilho das Lampas (18 km) e ao mesmo tempo, reparo numa prova a 7 de Julho - Trail do Almonda (30 km). Já tinha feito Meias Maratonas, mas 30 km em trilhos seria uma coisa muito diferente. De forma instintiva, faço a inscrição.
A partir dali, o meu objetivo passou a ser aumentar os km. Aumentei a duração dos treinos semanais e fiz algumas provas, entre elas duas Meias Maratonas. Também comprei uma mochila de hidratação e corri várias vezes por Monsanto, treinos de 20/25 km. Portanto, acho que me preparei de forma razoável para aquele que seria o meu maior desafio desportivo.
Cerca de duas semanas antes da prova, a temperatura aumenta de forma bastante acentuada. Surgem valores muito acima dos 30º, em alguns dias chegam mesmo aos 40º.
A quatro dias da prova tinha a certeza que ela seria feita debaixo de muito calor. Começo a ficar um pouco apreensivo e mais apreensivos ficaram familiares e amigos. Tentaram demover-me de participar na prova com frases tipo "Tás maluco ou quê!!! Ainda ficas por lá caído" ou  "Correr debaixo de tanto calor é uma irresponsabilidade!!!". Compreendi perfeitamente as suas preocupações, eu também estava preocupado. Mas uma coisa que eu não sou é irresponsável, informei-me mais ainda sobre cuidados a ter nestas situações e cheguei à conclusão que ia participar na prova. Levaria  a mochila de hidratação bem aviada, boné, protetor solar, telemóvel para uma eventual emergência, nos dias anteriores à prova beberia muitos líquidos e descansaria bem. Assim fiz.

Domingo, acordo às 5:30h para um refrescante banho e tomar o pequeno almoço. Já tinha deixado tudo pronto de véspera para não perder muito tempo, a viagem demorava cerca de uma hora e ainda tinha algumas dúvidas no trajeto. Mas correu tudo bem, e pouco passava das 7 horas quando cheguei a Vale da Serra. Ao aproximar-me do local, depressa reparei na imponente serra que daqui a pouco tempo seria uma adversária de respeito.

 
Como previsto, àquela hora já o calor dava a entender como seriam os 30 km de prova.

Levanto o dorsal, procuro uma sombra e fico por ali a ver o pessoal da organização que ainda dava os últimos retoques na zona de partida. Vou também lendo as principais notícias do dia no telemóvel.
O controlo 0 seria às 8:30h, fui ao carro preparar-me para a prova. Ainda demorei algum tempo.


Já no local da partida, encontro a Rute que também se atirou de cabeça a este desafio. Pensei logo que teria companhia durante a prova. Falámos um pouco dos nossos receios (sobretudo o calor) e dou uma olhadela ao plano de prova. É verdade, pela primeira vez fiz um apontamento sobre a altimetria da prova.
O apontamento era assim :
- Até aos 11 km, sem subidas muito acentuadas
- Dos 11 aos 14 km, uma subida longa e acentuada
- Dos 14 aos 16 km, descida muito acentuada
- Dos 16 aos 23 km, aquilo que me parecia uma das partes mais difíceis da prova (subida longa e acentuada, intercalada com pequenas zonas planas e descidas curtas)
- Dos 23 aos 26 km, descida acentuada e longa
- Dos 26 aos 27 km, subida muito acentuada
- Dos 27 aos 28 km, descida muito acentuada
- Dos 28 até ao final, havia algumas subidas mas nada comparado com as anteriores.
De forma muito simples e ingénua, era este o apontamento.
Os abastecimentos seriam de 5 em 5 km, haveria 5 etapas antes de finalmente cortar a meta. A prova seria feita etapa a etapa para não desmoralizar.

Às 9 horas é dada a partida, o sol ainda não estava no máximo mas já queimava.
As duas primeiras etapas (11 km) foram feitas sem grandes problemas, "apenas" o calor atrapalhava.
Podem ver em baixo a grande Analice Silva num dos abastecimentos.


O percurso foi mais ao menos como estava nos meus apontamentos, não houve grandes subidas e o piso foi basicamente terra batida.


 
O suor era tanto que a pala do boné pingava. O boné além de proteger do sol também evitava que o suor fosse para a vista, com estas temperaturas é indispensável.
Até aqui ainda tirei uma quantidade razoável de fotos, mas as etapas seguintes fizeram diminuir a minha vontade de continuar a focar a paisagem.
Segundo os meus apontamentos, agora era a vez de uma "subida longa e acentuada".
E foi verdade, foi longa, acentuada e feita dentro de um "túnel de calor".

 
Como podem ver pela imagem acima, esta subida foi toda feita em trilhos apertados, com muitos pedregulhos no meio do caminho e com mato a tapar as laterais. Não corria uma aragem e poucas sombras havia. Esta parte foi feita a andar, não havia outra hipótese. De vez em quando lá aparecia uma pequena sombra e parávamos um pouco.

Foto tirada pela Rute, dentro do "túnel"
Eu olhava para o relógio, via os km e dizia "segundo os meus apontamentos devemos estar quase a chegar à descida". E descer é melhor, não é? Talvez se pudesse correr um pouco.
Finalmente começámos a descer, mas não era bem aquele tipo de descida que estávamos à espera. Já sabíamos que ia ser uma descida muito acentuada, não sabíamos era o tipo de piso. O piso tinha muitos pedregulhos e também irregularidades, nalguns casos, de cerca de meio metro. Descíamos com muito cuidado mas não de forma muito lenta. Foi exigido um grande esforço aos nossos joelhos. Depois de um grande esforço e concentração, acabou a descida e deu para correr até ao abastecimento. Este abastecimento foi quase aos 17 km e era muito importante, a etapa seguinte ia ser demolidora e por isso demorámos um pouco mais do que o costume. Além de beber e comer, molhámos as cabeças na tentativa de nos refrescar-mos um pouco. O calor estava agora no auge.
Quando iniciámos esta difícil etapa, estava muito abafado e sentíamos a onda de calor a tocar nas nossas caras e como que a empurrar-nos para trás. Uma sensação muito má.
O percurso era a subir e não havia muita vegetação, ansiávamos por uma sombra que não apareceu. Pode-se dizer que nesta altura estávamos a sofrer bastante, o não haver uma sombra desmoralizava muito. A certa altura vemos uma tenda com pessoas lá dentro, não podia já ser outro abastecimento. Era uma espécie de comemoração familiar, tudo a comer e a beber dentro da tenda. Podia ser uma miragem mas não, era real. Não eramos dos primeiros a passar por ali, por isso não nos ligaram nenhuma. "São mais dois malucos das corridas" terão pensado.
Seguimos o nosso caminho, nesta altura a andar. Vou agora contar um episódio que demonstra bem a solidariedade no Trail. A certa altura parámos debaixo de uma amostra de sombra, a coisa estava muito complicada. Vem a umas dezenas de metros, dois atletas, um homem e uma mulher. Vão-se aproximando e quando chegam ao pé de nós, o homem, ao olhar para as nossas caras, decidiu despejar uma parte da água duma garrafa, pelo pescoço da Rute e depois pelo meu. " Não pode ser mais, pois também já não tenho muita" disse ele. Quer dizer, estávamos numa parte difícil do percurso e este Homem, que não nos conhecia, decide partilhar a pouca água que tinha. Foi um gesto de uma enorme generosidade. Agradecemos e seguimos com eles um pouco. Entretanto no Facebook da prova, encontrei esta fotografia onde estão os dois. 

 
Pelos dorsais, trata-se do Carlos Pinto Coelho e da Isabel sequeira da equipa Mundo da Corrida. Mais uma vez, Muito Obrigado pela ação.

Depois de muito subir, chegámos a uma zona mais plana em que pudemos correr. Apesar do muito calor que fazia, a correr não sentimos tanta dificuldade como naquela subida a andar. Entretanto, apanhámos outros atletas e fomos juntos até ao abastecimento. Ao longe viam-se as torres da energia eólica, tendo alguém dito que até as ventoinhas estavam paradas por falta de vento. Foi um alívio ter ultrapassado uma das piores fases da prova.
Neste abastecimento, além de beber e comer, também enchemos as bolsas das mochilas com água fresca. Aproveitámos a pequena sombra e descansámos um pouco. Alguns atletas ficaram por este abastecimento, o sofrimento era muito.
Depois de ver que estávamos em razoáveis condições, seguimos caminho. Havia 22 km de prova, ainda faltava muito para o fim.
Segundo os meus apontamentos, agora iria aparecer uma descida acentuada e longa. Eu li alguns relatos da prova de 2012 e estranhei algumas pessoas terem dito que o pior eram as descidas. Pude comprovar que esta descida exigia um esforço tremendo, a certa altura as dores eram tantas que pensei que o melhor era estar a subir. Foi uma descida muito longa e com muitas pequenas pedras no meio do caminho. Fazia doer não só a zona dos joelhos como também a palma dos pés. Foi feita a uma boa velocidade, tendo em conta a concentração que exigia. A certa altura vemos um homem sentado no meio do caminho e pensámos que tinha caído. Travámos e perguntámos o que se passava, estava apenas a descansar as pernas do enorme esforço. Continuámos, queríamos acabar o mais rápido possível com aquele sofrimento, mesmo sabendo que a seguir vinha uma forte subida. Pouco depois de terminar a descida apareceu, qual oásis, o último abastecimento.
Era a última oportunidade para abastecer e refrescar bem. Estávamos com (+-) 26,5 km, tanto eu como a Rute já havíamos passado a nossa maior distância em provas. O pensamento era, cada vez mais, de que agora só tínhamos era que terminar a prova.
Era a vez de mais uma subida acentuada, era complicada porque já tínhamos quase 27 km nas pernas, mas o pior era o calor que nos toldava os pensamentos. Num dia com frio tenho a certeza que a subida ofereceria menos dificuldade, mas naquelas condições foi mau demais. Quando parecia que ia aparecer uma zona plana, logo vinha mais outra subida. Estávamos a desmoralizar a olhos vistos, quando finalmente atingimos um caminho plano e conseguimos correr um pouco. Não demorou muito até se começar novamente a descer, mais uma daquelas descidas acentuadas e cheias de pedras que davam cabo dos joelhos e pés.  O que nos animava era saber que estávamos a chegar ao km 28 e que "só" faltavam 2 km e tal para o fim.
Se bem se lembram, os meus apontamentos diziam que nesta altura "havia algumas subidas mas nada comparado com as anteriores" , foi o que me pareceu olhando para o gráfico do percurso. Pois bem, foram os  km mais difíceis que fiz em provas. Deve ter sido por pensar que já faltava pouco, só que a cada pequena subida aparecia outra e outra e nunca mais se conseguia ver a Igreja perto da zona de partida/chegada. Devo confessar que nesta altura alguns palavrões foram ditos, não digo se por mim, se pela Rute ou pelos dois. Mas foram perfeitamente justificados.
Talvez no km 29, vemos dois rapazes junto a uma carrinha com garrafões e um enorme bidon de água. Deu para beber bem, molhar a cabeça e ficar um pouco mais frescos. O percurso continuava sobe e desce e cheio de pedras quando finalmente avistamos a Igreja de Vale da Serra. Até que enfim!!! Ainda houve mais algumas subidas antes de conseguimos correr um pouco para passar a meta com um tempo de 6h12m em mais de 30 km (o meu Garmin acusou 30,8 km). Só havia duas pessoas na meta a apontar os dorsais, a maior parte estava no pavilhão a almoçar e a ver a entrega dos prémios.
Apesar das dificuldades estávamos em condições aceitáveis.  Bebemos água, comemos uma banana e logo tratámos de saber onde era o banho. Nos últimos km já vínhamos a pensar no banho, e que bem que soube.
Fiquei com a certeza que consigo fazer estas distâncias e também que com esta temperatura não me apanham em provas longas. Se fosse no inverno,  seria para mim muito mais "fácil" e faria um tempo bastante inferior.
Fiquei contente por ter terminado, mas também penso no que poderia ter corrido mal.

Quero agradecer à Rute pela companhia, nestas condições e sozinho não sei se vencia o desafio. E quero também agradecer a todos os que aqui no blogue, me deram força e conselhos para enfrentar este mesmo desafio.

No link abaixo podem ver mais algumas fotos.
Fotos Trail do Almonda
 
Como a seguir a um desafio vem outro, já estou a pensar no Trail Noturno da Lagoa de Óbidos (25 km) a 3 de Agosto. A distância é menor e a temperatura também será muito diferente. Tenho é de arranjar um frontal mais potente.
Neste momento da minha vida, estes desafios estão a ser muito importantes.

Bons treinos para todos.

domingo, 7 de julho de 2013

Trail do almonda - Finisher

Venho aqui só comunicar que hoje consegui acabar o meu maior desafio desportivo:

-Trail do Almonda (30 km) debaixo de um calor insuportável.

Acabei a prova em 6h12m.
Neste momento estou a recuperar e oportunamente farei um relato da prova.

Boa semana para todos.

terça-feira, 2 de julho de 2013

2ª Corrida D. Dinis (ou Treino de 10 Km para Almonda com MUITO calor)

 
Como sabem, nas últimas semanas tenho apostado mais nos treinos longos em Monsanto. A razão para isso é a minha participação no Trail do Almonda (dia 7 de Julho), mas a uma semana do desafio achei por bem reduzir os km. É assim que surge esta 2ª Corrida D. Dinis em Odivelas. E já agora, também estava curioso em relação à minha atual prestação nos 10 Km.
Em Odivelas a temperatura estava alta e isso seria também um teste á minha capacidade de suportar tanto calor.
Depois de levantar o dorsal, encontro o Sílvio Horta e o Eberhard (da equipa 4 ao Km) e ficamos ali um pouco a falar sobre aquela e outras provas. É uma das muitas coisas boas da corrida, aos poucos vamos conhecendo pessoas e não há prova em que não apareça alguém conhecido. Um pouco antes da partida encontrei também o Tiago e o Vitório.
Já tinha a ideia que Odivelas não era uma zona plana, no final da prova fiquei com a certeza absoluta :)
Logo depois da partida, o Sílvio foi á sua vida e eu fui no meu ritmo calmo. Não queria exagerar na velocidade, queria ver primeiro como reagia ao calor.
 



Descuidei-me e comecei mais rápido do que queria, mas aos 2 km vi logo que o calor ia dificultar muito a minha prestação. Suava por todos os poros e sentia-me a arder, os abastecimentos pareciam Oásis no meio do deserto do Saara.
O percurso apesar de ter muitas subidas estava bem equilibrado, ora aparecia uma pequena subida, ora aparecia uma pequena descida seguida de uma zona plana. Não foi aí que esteve a dificuldade da prova, o problema foi mesmo o calor e... tive que aguentar. No dia 7 vou encontrar estas temperaturas e vou ter mesmo que aguentar.
Nas últimas semanas perdi 2 kg (já não foi mau) e, apesar do calor consegui manter um ritmo abaixo dos 6 min/km.




Durante a prova, vários condutores demonstraram o seu desagrado por terem de esperar a passagem dos atletas. Uma senhora em particular, estava bastante nervosa e a dizer á polícia que "isto é uma pouca vergonha!!!". Um atleta não se aguentou e gritou " se corresses não estavas assim gorda!!!". Presumo que as pessoas da zona tenham sido avisadas sobre a realização da prova.
E o calor não abrandava, se calhar era por isso que os atletas iam todos encostados á direita.


Lá me fui aguentando e a 1,5 km do final, apareceu a pior subida da prova. Foram cerca de 500 metros quase sempre a subir e a determinada altura estive quase a parar de correr. Mas pensei " espera aí, isto não é trail" e com muita determinação lá continuei a correr.


Geralmente vou sempre a controlar o tempo por km, mas desta vez poucas vezes olhei para o relógio. Qual não foi o meu espanto quando depois de cortar a meta, paro o relógio e a marca que lá estava era 55m33s. Fiquei contente porque foi uma marca conseguida em condições muito adversas.
Depois de receberem a t-shirt técnica e a garrafa de água, quase todos os atletas se refugiaram num pequeno jardim junto á meta. O calor continuava.



Resumindo, foi uma boa prova e mais uma etapa na minha preparação para o Trail do Almonda. Pela pequena amostra desta prova, o calor vai ser o grande adversário.
Agora é fazer mais dois ou três treinos leves e esperar que chegue o grande dia.
Quero muito vencer este grande desafio.

Continuação de boa semana para todos.